Oi amigas, tudo bem? Se você me segue no Instagram (@ligiaslife), você viu que eu postei no InstaStories algumas fotos da minha transição capilar. Foi um momento de bastante nostalgia e de bastante reflexão, então decidi dividir aqui no blog a minha experiência e história.
Já quero deixar claro que eu não acho que ninguém é obrigada a nada. Se seu cabelo é naturalmente cacheado ou crespo e você se sente bem o alisando, continua fazendo o que te faz bem. Não entendo como nós saímos da "ditadura da chapinha" e fomos pra "ditadura dos cachos". Vamos lá então!
Eu nasci no Rio Grande do Sul, e lá, como muitas pessoas comentam e talvez vocês já saibam, a maioria das pessoas tem os cabelos naturalmente loiros e lisos. Então desde de criança eu vi que todos tinham o cabelo diferente do meu e eu queria que "o meu cabelo balançasse" e fizesse o mesmo movimento que o cabelo das minhas amigas e colegas fizesse.
Já de criança eu sabia que eu queria alisar meu cabelo. E com 11 anos os meus pais, mesmo relutantes, cederam a pressão que eu fazia desde os meus 7 anos para alisar o meu cabelo. Meu presente de aniversário de 12 anos foi: minha primeira progressiva. Eu lembro que a cabeleireira era de outra cidade porque onde eu morava ninguém fazia progressiva ainda.
E assim eu fui a primeira pessoa na escola, na igreja e no bairro a ter feito progressiva hahahaha lançando tendências porque eu não sou obrigada. Quando eu mudei pra São Paulo eu conheci uma "profissional" e comecei a frequentar o "salão" dela. Ela começou a relaxar o meu cabelo, sendo que eu sempre pedi e paguei pela progressiva, mas só eu só descobri isso bem tarde... tarde demais.
Meu cabelo começou a quebrar e cair demais. Como ele estava fraco, ela cortava o meu cabelo sem a minha autorização, até que um dia eu levantei da cadeira e dei um sermão nela. Foi nesse dia que eu ouvi ela dizendo para outra cliente que fazia relaxamento no meu cabelo e foi a última vez eu fui à um salão de cabeleireiro. Eu tinha 16 anos.
Decidi então que eu iria apenas escovar meu cabelo em casa até que ele ficasse todo natural. Na mesma época, a minha irmã me apresentou à Rayza Nicácio e eu fiquei apaixonada pelo cabelo e jeito dela. Naquele momento ela me deu a força que eu precisava e eu pensei: "se ela ficou linda cacheada, eu também posso". E foi assim que a minha transformação começou.
Pouco a pouco a química foi saindo do meu cabelo (nunca fiz big chop). Hoje, eu me sinto como se eu não fosse a mesma pessoa que eu era aos 15 anos. Em partes por causa do cabelo. Eu entendi que eu não preciso que ninguém diga que eu sou linda para me sentir linda. Não preciso que o meu cabelo balance pra que ele tinha vida.
Fui aprendendo a cuidar do meu cabelo e hoje é umas coisas que eu mais amo em mim fisicamente. E é essa a mensagem que eu queria passar pra vocês.
Não tem problema a gente se achar linda. É ótimo saber o seu valor. Só você sabe a luta e a beleza que é ser você mesma e não deixe, por favor, nada, nem ninguém mudar isso. Quando você está bem com você mesma lá dentro, tudo fica bem. A beleza que vem de dentro, te deixa também maravilhosa por fora. Auto estima é T U D O!
Não tenha medo de mudar. Mudar de emprego, mudar a cor do cabelo, mudar as amizades, mudar de cidade... isso nos assusta, mas não pode nos intimidar.
E por hoje é só! Espero que tenham gostado do post de hoje e que tenha ajudado vocês de alguma forma! Um beijo e até a próxima <3